O vereador Allan Campelo (Podemos) usou a tribuna da Câmara Municipal de Manaus para repudiar os casos de assédio e exploração sexual no esporte amazonense. A fala aconteceu na sessão desta segunda-feira (25/11), após o parlamentar comentar sobre a prisão de um professor de jiu-jítsu do Amazonas em Balneário Camboriú (SC), por suspeita de estupro de vulnerável – os casos teriam acontecido em Manaus, capital das lutas do Brasil.
No último sábado (23/11), o técnico Alcenor Alves, da academia White House BJJ School, de Manaus, foi preso durante um evento esportivo em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, por suspeita de estupro de vulnerável e exploração sexual. Contra Alcenor Alves, havia um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça do Amazonas.
O caso caiu como uma “bomba” no mundo das artes marciais do País, pois entre as vítimas estão crianças, adolescentes e jovens. Entre eles, atletas com títulos nacionais e internacionais no currículo. O vereador Allan, que é faixa preta de jiu-jítsu, subiu o tom contra esse tipo de conduta no esporte mais difundido no estado do Amazonas.
“Essa notícia deixou estarrecido o mundo da luta. Não foi só um caso pelo que estão relatando na mídia. A própria delegada do caso falou que foram vários jovens importunados. Que ele seja julgado e, que se condenado, que seja punido exemplarmente para que isso nunca mais aconteça não só no jiu-jítsu, mas em nenhum esporte”, disse o vereador.
Campelo fez questão também de separar o “joio do trigo” ao afirmar que o assédio e a exploração sexual nada têm a ver com o esporte. O jiu-jitsu, de acordo como vereador e os profissionais da educação, tem contribuído significativamente para a formação de crianças e adolescentes por conta dos benefícios que oferece à saúde física, mental e social.
“Isso não tem nada a ver com o jiu-jítsu, não tem nada a ver com a filosofia do jiu-jítsu. O jiu-jítsu, além de um esporte que trabalha a atividade física e mental, ele é uma defesa pessoal. O jiu-jítsu é saúde, inserção social, é prevenção às drogas. Na verdade, o professor preso não era um professor de jiu-jítsu e sim um pedófilo vestido de quimono”, concluiu Allan, enfatizando a importância de reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos professores de jiu-jítsu de verdade nos bairros e nas comunidades.
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