O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como “Careca do INSS”, confirmou que irá depor presencialmente à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS) nesta segunda-feira (15), às 16h. A decisão foi comunicada à defesa e confirmada pelo relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).
A presença do empresário ocorre mesmo após uma decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia desobrigado Antunes a comparecer ao colegiado. Segundo o relator, a iniciativa de participar partiu do próprio investigado.
Confirmação do depoimento
Em entrevista à imprensa, o deputado Alfredo Gaspar explicou que o advogado de Antunes informou oficialmente a decisão de ir à CPMI. O comunicado também foi recebido pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG).
“O advogado nos confirmou que ele vai. Quem recebeu a comunicação foi o presidente da CPMI, Carlos Viana. E o interesse em comparecer partiu do próprio empresário”, destacou Gaspar.
Decisão do STF
Na última semana, o ministro André Mendonça havia estabelecido que, embora a Polícia Federal pudesse levar investigados à CPMI, o comparecimento não seria obrigatório. Com isso, a expectativa era de que Antunes pudesse se ausentar sem descumprir determinações legais.
Ainda assim, a escolha de depor presencialmente é vista como um movimento estratégico de defesa, já que a oitiva pode ajudar a esclarecer pontos do inquérito e demonstrar disposição para colaborar.
Envolvimento nas investigações
Segundo apurações, Antunes, apelidado de “Careca do INSS”, seria apontado como intermediário em um esquema de desvio de recursos envolvendo associações ligadas ao instituto. O empresário teria recebido valores debitados de forma irregular e repassado parte a servidores, familiares e empresas relacionadas.
Outro investigado, Camisotti, é suspeito de ser beneficiário direto desses repasses. Ambos negam qualquer envolvimento em irregularidades.