São Paulo- O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, terminou o debate da RECORD/Estadão, na noite deste sábado (19), prometendo denúncias contra o adversário, Ricardo Nunes (MDB), na reta final do segundo turno.
Ainda no debate, ele falou que “muita coisa vai acontecer até o dia 27”. Questionado na entrevista coletiva após o evento, o psolista confirmou que tem informações contra o atual prefeito e candidato à reeleição .
“Muita coisa vai vir à tona e a público até o dia 27. Ele [Nunes] sabe do que eu estou falando. É por isso que estava tão irritado. Existem denúncias que estão em curso, existem informações que nós recebemos e que vão vir a público. Informações que são públicas, que um bom levantamento dessas informações, e juntando os fatos, as coisas aparecem”, afirmou Boulos.
Guilherme Boulos começou a desafiar Nunes, nos últimos dias, a abrir o sigilo de suas contas bancárias. Ele foi perguntado se essa é uma estratégia de sua campanha, o que negou.
“Ele [Nunes] disse no debate passado que eu não trabalhava, foi daí que surgiu a história do sigilo. Eu me dispus — ele fazendo o mesmo — a abrir o meu sigilo bancário dos últimos 20 anos. Ele vai ver de onde veio os meus rendimentos, se não foi do meu trabalho. Ele vai ver que a minha renda é absolutamente compatível com o meu salário e com a minha condição de vida. Agora, no caso dele, ele diz que é honesto, diz que é transparente, que não recebeu recursos de maneira ilícita. Eu o desafio, do mesmo modo que estou provando que meu dinheiro vem do meu trabalho, que ele prove que não é corrupto. Não fez.”
A campanha de Nunes ficou surpresa ao saber das afirmações de Boulos, que concedeu entrevista coletiva antes do emedebista. Porém, o marqueteiro dele, Duda Lima, minimizou e ironizou a fala de Boulos: “Ele está andando muito com o [Pablo] Marçal”, disse, em referência ao ex-candidato que prometia revelações impactantes no primeiro turno.
“Bateu o desespero dele. […] Não têm o menor sentido as colocações que ele tem colocado”, enfatizou o prefeito ao dizer que está “muito tranquilo”.
Ainda segundo Nunes, Boulos é quem deve explicações.
“Ele que tem que explicar como o coordenador de campanha dele recebeu R$ 75 mil reais de pessoas envolvidas em uma investigação dos ônibus, lá de envolvimento com o crime organizado.”