O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) iniciou nesta sexta-feira (12) uma campanha no Brasil para pressionar empresas a demitirem funcionários que comemoraram nas redes sociais a morte do ativista norte-americano Charlie Kirk. A iniciativa do parlamentar ganhou repercussão nacional após ele marcar perfis de empresas e compartilhar publicamente os perfis de funcionários, considerados por ele “verdadeiros extremistas”.
Com forte presença digital — 5,2 milhões de seguidores no X (ex-Twitter) e 18,4 milhões no Instagram — Nikolas mobilizou internautas e empresas a se posicionarem diante de postagens que ironizavam ou celebravam o assassinato de Kirk.
Campanha contra “extremistas” nas empresas
Em sua conta no X, o deputado pediu que empresas identificassem e demitissem funcionários que apoiassem ou incentivassem a morte de opositores políticos, principalmente servidores públicos.
“O movimento começou: demita os verdadeiros extremistas de sua empresa. Denuncie”, escreveu Nikolas, reforçando seu apelo em inglês:
“Eu iniciei um movimento aqui no Brasil conclamando as empresas a demitirem funcionários que estejam comemorando, apoiando ou incentivando a morte de opositores políticos – especialmente aqueles que são servidores públicos.”
Nikolas citou casos específicos, incluindo um neurocirurgião de Recife, que segundo ele comemorou a morte de Kirk, e uma funcionária da Vogue Brasil que publicou: “eu amo quando fascistas morrem em agonia”.
O parlamentar marcou as empresas onde os envolvidos trabalham, questionando publicamente a postura das organizações e cobrando providências imediatas.
Reações das empresas
Após a pressão de Nikolas, o Cremepe (Conselho Regional de Medicina de Pernambuco) informou que irá apurar o caso do neurocirurgião. A clínica Recife Day Clinic anunciou que o profissional foi “banido definitivamente das atividades”.
“Essas pessoas não podem cuidar de outras pessoas”, declarou Nikolas.
Já a situação envolvendo a funcionária da Vogue Brasil ainda está sob avaliação, enquanto o deputado questionou a matriz norte-americana da revista sobre o comportamento da colaboradora.
Morte de Charlie Kirk
harlie Kirk, de 31 anos, foi morto na quarta-feira (10.set) ao ser atingido por um tiro no pescoço durante um evento ao ar livre na Universidade Utah Valley, nos Estados Unidos. O FBI prendeu Tyler Robinson, 22 anos, que confessou ser o autor do homicídio.
O ataque ocorreu por volta das 12h10 (horário local), quando Kirk participava do debate “Prove Me Wrong” (“Prove que estou errado”), abordando temas como violência armada e questões de gênero nos EUA. O disparo foi feito de aproximadamente 200 metros de distância, a partir de um telhado próximo ao local do evento.
O presidente dos EUA, Donald Trump, comentou sobre o caso, solicitando que o autor do crime receba a pena de morte, prevista na legislação de Utah, que permite execuções por fuzilamento ou injeção letal.